Global Research: 08-11-2024,

Com maioria no Senado e muito provavelmente na Câmara dos Deputados, Donald Trump terá um maior controle sobre a política norte-americana. Além disso, tudo indica que ele aprendeu um pouco com os erros de seu primeiro mandato e desta vez terá homens de alta confiança nos principais postos governamentais. Há muita preocupação, entre os elementos tradicionais do establishment, que ele reorganize toda a burocracia estatal e construa um Deep State próprio.

A força avassaladora de Trump, comprovada nestas eleições, indica que os donos tradicionais do Deep State podem ter de adotar a máxima do “se não pode com ele, junte-se a ele”. Os grandes jornais, prevendo a vitória do republicano, decidiram não declarar apoio a nenhum candidato, apesar de sua cobertura ter sido claramente anti-Trump e pró-Harris. Nos últimos meses da campanha, também foi possível verificar um aumento no financiamento da candidatura Trump por grandes corporações, em comparação com o período anterior à entrada de Harris na disputa (embora esta, mesmo assim, tenha recebido o dobro de dinheiro do republicano). As previsões mais recentes dos mecanismos do mercado financeiro também indicavam uma vitória de Trump, contrastando com o empate técnico verificado nas pesquisas de intenção de voto.

Apesar disso, caso o regime político estadunidense se adapte a Trump, seus representantes farão de tudo para colher concessões do presidente eleito. As principais publicações que orientam os formuladores da política externa americana, como a Foreign Affairs, têm publicado artigos alertando para o mal que uma política trumpista pura representaria para os Estados Unidos.

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