Global Research: 15-01-2025,

Em novembro do ano passado, a revista The Economist deu início a uma operação propagandística com o objetivo de apresentar Javier Milei ao mundo – em especial aos latinos e sul-americanos – como um herói do povo argentino. Foram uma entrevista especial, um artigo de opinião do punho do presidente argentino e três podcasts em seu site louvando o “milagre econômico” causado por sua terapia neoliberal. Pouco depois, a publicação dos banqueiros britânicos inseriu a Argentina no top 5 de “países do ano”, entre os que supostamente mais melhoraram. “Pode ganhar nosso prêmio pela reforma econômica” – anunciou a revista –, que “deu resultado: a inflação e os custos dos empréstimos caíram, e a economia começou a crescer novamente no terceiro semestre”.

Todos esses elogios talvez sejam porque Milei está entregando o ouro para os banqueiros britânicos (literalmente). Ele  já retirou US$ 1 bilhão em reservas de ouro do Banco Central (estimadas em US$ 4,6 bilhões) para enviá-las à Inglaterra. Calcula-se que 60% das reservas argentinas de ouro tiveram Londres como destino nos últimos anos. Nunca é demais lembrar que a Argentina mantém até hoje um contencioso com a Inglaterra pelas Ilhas Malvinas, território argentino ocupado pelos britânicos que gerou a mais recente guerra aberta com uma potência estrangeira na América do Sul.

Mas a revista não disse nada sobre o aumento assombroso da pobreza, da miséria e da fome. Em seis meses de governo Milei, 53% dos argentinos já eram considerados pobres (o pior índice em mais de 20 anos).

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